sábado, 8 de maio de 2010

"ESFORÇO PARA SER UM SUJEITO NORMAL"

O dia amanhece igual como os outros dias, a rotina para sair de casa e a pressa para ir trabalhar, produzir muito, ganhar pouco e tentar sobreviver.
Quando chega na hora do almoço, das receitas de alimentos e alimentações saudáveis que tivemos recebidas pelos profissionais, in loco ou pela televisão, não conseguimos acompanhar, nem tudo que é natural, naturalmente será possível está sobre a mesa.
A tardezinha chega, stress acumulado, cara de riso e choro, alegre por está vivo e triste pela recompensa de um suado dia de trabalho, com dignidade e honestidade, para estas qualidades a recompensa é muito pouca, teria que haver "esperteza", palavra interessante e dispensada até mesmo para quem é esperto.
A noite dorme, as famílias embaladas num sono quase perfeito, sonha acordada e dorme com o pesadelo carregada de pensamentos negativos, do "se" de sempre precisar acordar, quebrar o sono em pedaços, confuso entre o trabalhador que precisa descansar e o vigilante que precisa assegurar os cacarecos guardados em casa, o protetor da família, protegida por Deus e tentada pelos endiabrados armados marginais.
A rotina nos leva a depressão; o medo a angústia; segurança a decepção; a política partidária nos faz acreditar nos homens das promessas, a realização de coisa alguma, a propaganda a arte de enganar, mascarar... Muito mais poderia ser relatado, mas, como estou esforçando para ser um sujeito normal, (como dizia Raul Seixas em sua canção) fazendo tudo igual, deveria ser outro, tentando ser louco, nesta loucura real.
O mundo está aberto, os espaços são para poucos, existem donos do mundo que não trabalharam um dia se quer, ganham as ruas desafiando as autoridades e trabalhadores trancafiados em seus lares presos aos programas de TVs falam coisas, na maioria das vezes não é o que queremos saber.
Afinal quem está correto?
Quem é normal e o que é ser normal?
Abraços.
P.S. (por favor comentem)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

EU NÃO COMI A POPCORN

A gente copía quase tudo e muitas e muitas vezes o que não presta. Aconteceu no primeiro mundo, no terceiro vira festa.
Noutro dia fui ao shopping ver as novidades, acostumado com a simpliscidades das coisas simples das pequenas cidades interiorana, na mais tranquila das intenções fui assistir ao filme de Chico Xavier, ver o exemplo de vida de um exemplar cidadão brasileiro, espírita, pessoa que dispensa comentários. Para quem estava com o espírito desarmado, comecei a brigar com o que meus olhos registravam, como baiano, acostumado falar das iguarias da bahia, do sotaque dos baianos, da criatividade na junção das palavras e na pronuncia dengosa que diferencia muito os irmãos soteropolitanos. Mas, as filas nas salas de exibições, Alice no país da maravilha, entre outros difundidos pela grande media, levam multidões a gostarem e absorver o que deveria ser digerido.
Tudo que até agora vinha escrevendo, duas coisas não sairam da minha cabeça, refrigerante gigante com um grosso canudo, e a tal da popcorn escrito assim mesmo e com cheiro de pipoca estourada em micro-ondas muito diferente do nossa saborosa e saudável pipoquinha, aonde a demora e o barulho dos grãos pipocando parece temperar e acentuar o sabor, oferecidos em saquinhos de papel reciclável, porção civilizada e satisfatória.
Na sala escura do cinema, o triturar das pessoas com a popcorn na boca, e o amassar da gigantesca embalagem e o sugar do calórico super refrigerante, ambos usados pela maioria, ao meu redor, parecia competir com as palavras que eu tentava ouvir atenciosamente pronunciada pelo ator representando e imitando a voz frágil de Chico, não sei se estava tentando aprender a lição de vida, ou praticando a paciência que se passava na história.
Foram umas duas horas, os popcorns pareciam resistir até o fim, no final, percebí que a media influencia muito, as pessoas dão muito valor o que se escreve em inglês, esquecendo até que a saúde é muito mais importante que a moda, vinda de fora ou não, exigindo maior consumo, mesmo sendo ridículo, péssimo exemplo, má educação, maior gasto tanto para comer feito animal, como para recuperar a saúde. O exagero não combina com o bem estar de ninguém e nem sempre as facilidades serão fáceis de serem convividas num futuro próximo. Não deixarei a minha língua saborear o que prejudica o organismo, nem tão pouco deixarei quieta quando for para bradar o que não é interessante.
As pessoas precisam aprender a valorizar também o que é seu. Popcorn em plena Salvador se não reclamarmos nem a nossa lígua vai se salvar.